Transição Energética - Gás como alavanca de descarbonização e valor de longo prazo?

A agenda de descarbonização ganha centralidade no planejamento energético do setor, e ampliar investimentos em tecnologias e soluções voltadas à redução de emissões e impacta no fortalecimento de uma matriz energética mais limpa. Em um contexto de transição global, o avanço em projetos de captura e armazenamento de carbono (CCS), estudos de novos polos de descarbonização e iniciativas que conectam inovação, eficiência e competitividade serão cruciais para essa agenda. Essa movimentação reflete o posicionamento do setor frente às exigências de sustentabilidade e às novas oportunidades de mercado.

Entre as iniciativas mais recentes, busca-se desenvolver centros integrados de baixo carbono com potencial para geração de créditos para atender não apenas as operações das empresas, mas também indústrias intensivas em emissões. Paralelamente, tem sido considerado o uso de gás natural como combustível de transição em cadeias logísticas estratégicas, reforçado pelo aumento para abastecimento de transporte pesado. 

O debate sobre o mercado regulado de carbono no Brasil também compõe essa agenda. O avanço regulatório e institucional em torno de instrumentos econômicos para precificação de emissões, créditos de carbono e modelos de financiamento de baixo carbono torna-se vital. Apesar do avanço de políticas públicas que estimulam o uso do gás natural, a oneração via mercado de carbono pode ser contraproducente por ser considerada uma fonte de transição. 

Nesse cenário, a interação entre o setor privado e o governo torna-se essencial para alinhar ambições climáticas, competitividade industrial e estabilidade regulatória. Nesta agenda, membros do GRI Institute e convidados especiais formam um campo fértil para cooperação e para a discussão de mecanismos de mercado mais robustos. O fortalecimento dessas iniciativas será decisivo para posicionar o Brasil como um player relevante na economia global de carbono.